A Associação de Defesa do Consumidor DECO considerou hoje que o aumento no preço do serviço de táxi é "perfeitamente aceitável para os consumidores" e defendeu o fim dos serviços taxados ao quilómetro e à hora.
O Ministério da Economia anunciou hoje que, a partir do próximo dia 15, o serviço de táxi vai sofrer um aumento dos preços do quilómetro de 0,40 para 0,42 euros e da hora de espera de 10,24 para 11,99 euros.
De acordo com o secretário-geral da DECO, o aumento estipulado na convenção de preços do serviço de táxi "é perfeitamente aceitável para os consumidores", uma vez que "não se fixaram aumentos desmesurados".
"O táxi é um serviço de utilidade pública, pelo que merece uma intervenção criteriosa por parte do Governo", afirmou Jorge Morgado, acrescentando que, "em muitos lugares, não é um luxo andar de táxi, uma vez que é o único meio de transporte disponível".
No entanto, Jorge Morgado chamou a atenção para o que considera ser um "problema": a existência de serviços taxados ao quilómetro e à hora, uma medida que "já foi consignada na convenção de 2001, mas ainda não está implementada em todo o país".
"Está previsto desde 2001 o fim do serviço à hora e ao quilómetro e que todos os serviços sejam taxados através de taxímetro", explicou o secretário-geral da DECO, que defende que esta medida traria "mais transparência na prestação do serviço".
A nova convenção de preços do serviço de táxi mantém inalterados os preços das bandeiradas do serviço urbano e do serviço ao quilómetro, o preço unitário dos impulsos, o preço do serviço à hora e os preços dos suplementos (bagagem, transporte de animais e chamada via telefone).
O documento estabelece ainda o compromisso de "proceder, em 2009, à eliminação da utilização das tabelas de conversão, normalmente utilizadas pelos operadores do serviço de táxi, sempre que se verificam actualização de preços", uma medida que pretende "reforçar a transparência nas relações entre os prestadores do serviço e os consumidores".